A DINÂMICA DO MUNDO ORGANIZACIONAL

A DINÂMICA DO MUNDO ORGANIZACIONAL

NA BUSCA CONTÍNUA DA EXCELÊNCIA

Mário Freire
Doutorando em Ciências da Informação,
Mestre em Educação e Desenvolvimento Humano, Psicoterapeuta,
Consultor em Desenvolvimento Gerencial e Organizacional.
Diretor da Pegasus Desenvolvimento e Consultoria Ltda.

A complexa rede de postos de trabalho, suas interligações, graus de dependência e interações, assim como o exercício de responsabilidades e funções por seres e grupos humanos, formam a dinâmica do mundo organizacional. O estabelecimento e a manutenção de uma teia que possibilite o alcance e a evolução dos objetivos organizacionais é o desafio permanente que os profissionais enfrentam no seu dia a dia de trabalho, exigindo o conhecimento e a prática de habilidades que direcionem sua energia para uma ação comprometida com o sucesso organizacional e a sua realização pessoal.

As profundas, rápidas e constantes mutações vivenciadas nos diversos campos político, social, cultural, econômico e tecnológico requerem postura proativa das organizações e, portanto, dos seres humanos, para estarem em permanente processo de desenvolvimento de suas habilidades conceituais, humanas e técnicas.

HABILIDADES CONCEITUAIS

Os princípios conceituais incluem o senso crítico para adquirir, analisar e interpretar a informação recebida de várias fontes. Envolvem a capacidade de entender o relacionamento das partes com o todo e, inversamente, entender o todo dividindo-o em partes.

As habilidades conceituais visam ampliar a percepção e a intuição sobre o que se passa no ambiente de trabalho, propiciando ações que antevejam ameaças e oportunidades, permitindo o planejamento prévio, a organização antecipada e a criação de mecanismos de controle apropriados para enfrentar as crises através de ações proativas, assegurando a consecução dos objetivos.

HABILIDADES DE RELAÇÕES HUMANAS

As habilidades intra e interpessoais criam e mantêm a rede de contatos entre o profissional e todo o mundo que o cerca. Consistem nas muitas capacidades comportamentais e analíticas para compreender a si mesmo e as outras pessoas, interagindo efetivamente com elas.

O comportamento sinergético permite a maximização dos resultados, proporcionando a integração comprometida indispensável para o planejamento compartilhado, a organização adequada e o estabelecimento de controles que sinalizem a correção dos desvios e oportunizem a evolução contínua dos processos e resultados.

As habilidades de relações humanas garantem a flexibilidade para o enfrentamento das mudanças, a adesão às novas ideias e o processo de oxigenação da organização. Viabilizam a competitividade ética e a qualidade de vida nas organizações.

HABILIDADES TÉCNICAS

O uso de conhecimentos, métodos, técnicas, equipamentos e ferramentas adequadas e atualizadas permite o desempenho fluido do trabalho, possibilitando a agilidade necessária ao dinamismo organizacional e favorecendo a prontidão de respostas às diversas demandas do exercício do papel profissional, seja no planejamento das prioridades, na organização dos recursos necessários ou no controle dos processos que direcionarão o ritmo das atividades a serem executadas. Essas habilidades técnicas permitem a obtenção dos produtos no tempo adequado à sua utilização.

As habilidades técnicas garantem a ação sistêmica entre fornecedores, processo de produção e clientes, assegurando o desempenho responsável para a obtenção de resultados otimizados.

Na dinâmica do mundo organizacional, o exercício dessas habilidades se interliga num conjunto vivo de interações, proporcionando o pulsar adequado e integrado de equipes e seres humanos.

Nessa rede existencial emergem os diversos papéis profissionais que, interagindo, efetuam processos para a obtenção dos resultados organizacionais. A potencialização desses resultados será alcançada pela presença da liderança, nem sempre exercida pelo gerente, mas pelo profissional da equipe que melhor habilidade tenha para o enfrentamento da situação que se apresenta.

O papel de líder ajusta os interesses grupais e pessoais, sintonizando-os com os propósitos da organização. O líder potencializa o poder existente no grupo com seu próprio poder para obter uma aliança grupal em torno de objetivos comuns, facilitando a criação de um espaço próprio para que cada um exerça o seu papel na dinâmica organizacional.

As funções de planejamento, organização e controle formam um tripé de sustentação dos processos para se obter resultados, indispensável à constituição da rede organizacional. Permitem a flexibilização e otimização dos processos, seja nos níveis estratégico, tático ou operacional. São, portanto, funções a serem exercidas na realização de todos os trabalhos, e por todos os que atuam nos processos organizacionais, seja de maneira intuitiva, inconsciente ou consciente.

No papel de líder, planejamento, organização e controle são instrumentos essenciais para o aprimoramento constante da qualidade de produtos e serviços, proporcionando melhores condições para a realização de um trabalho motivador, que dignifique e desafie o ser humano a estar em constante evolução.

PLANEJAMENTO

A energia investida num planejamento ativo, vigoroso, contínuo e criativo faz da organização um ser vivo, próspero e participante desse mundo competitivo, que se transforma a cada momento.

O planejamento coloca a organização numa posição e postura de olhar o futuro com olhos de quem saberá enfrentar as dificuldades, minimizando-as, e aproveitar as oportunidades, maximizando-as.

O planejamento implica o desenvolvimento de programas que estabeleçam melhores condições e facilitem a melhoria do desempenho de todos os participantes da dinâmica organizacional, visando à realização dos trabalhos, objetivos e metas da organização.

O planejamento efetivo é uma proposta de ação com base na investigação, análise e na decisão antecipada do que deve ser feito, onde será feito, quando precisa ser feito, como será feito, por quem deve ser feito e por quem será feito.

Portanto, planejar é construir antecipadamente a rede que sustenta as ações determinantes de resultados qualitativos, assegurando a rentabilidade e uma postura proativa diante das mudanças que possam ameaçar os objetivos de sucesso da organização e das pessoas comprometidas com o seu processo produtivo.

ORGANIZAÇÃO

Organizar é o processo que visa à reunião, articulação e utilização adequada dos recursos, por seres humanos qualificados e valorizados pela sua ação.

O funcionamento harmônico e flexível permite às organizações trazerem para o seu dia a dia o prazer em realizar trabalhos que sejam dignos e úteis, em condições ambientais e funcionais que promovam a evolução não só delas mesmas, mas também das pessoas e grupos produtivos, assim como das comunidades interligadas à sua existência.

Na função organização está a prática dos princípios apreendidos. É o momento em que a ação integrada se faz necessária e, com a utilização dos recursos, técnicas e métodos, possam ser executados os trabalhos com qualidade e produtividade.

CONTROLE

O controle é uma rede de segurança, sempre pronta a sinalizar qualquer desvio e a fornecer dados confiáveis que viabilizem o navegar confiante, para o rumo estabelecido ou o redirecionamento para outro porto, a tempo e com energia necessária, onde os objetivos serão alcançados.

Além disso, sinaliza o ritmo da caminhada, indicando a hora de apertar o passo, reduzir a velocidade ou parar para avaliar novas direções, ou simplesmente desfrutar dos resultados conquistados.

Controlar é criar meios e maneiras de assegurar que os objetivos sejam alcançados, que não haja barreiras e, se houver, sejam superadas.

O controle existe para reforçar a rede organizacional, permitindo a ousadia, ingrediente indispensável ao sucesso dos homens e das organizações.

O controle deve privilegiar condições para que os acertos sejam celebrados e que os erros sejam fontes de aprendizagem. Porém, nem erros nem acertos devem ser sinais de estagnação. Portanto, a essência da ação de controlar está na promoção da evolução da dinâmica do mundo organizacional.

A busca da excelência é responsabilidade de todos. Organizações e seres humanos não podem mais se omitir ou aguardar mais tempo para se engajarem nessa jornada, pois a sobrevivência das organizações depende da qualidade dos produtos e serviços oferecidos a clientes cada vez mais conscientizados; enquanto o sucesso profissional e a felicidade pessoal dos seres humanos estão ligados diretamente à sua postura de vida, ou seja, à sua capacidade de construir e participar de um mundo onde a qualidade de vida deixe de ser ficção e se torne realidade.

O caminho para a excelência organizacional passa pela competitividade ética, pela flexibilidade para a convivência com mudanças inesperadas, pela capacidade para inovar e pelo direcionamento de suas energias para relações de parceria com clientes, fornecedores, comunidades e, principalmente, com os profissionais que estão comprometidos em criar condições para o seu autodesenvolvimento, ter uma participação ativa e responsável e sentir prazer em ser parte integrante da rede organizacional que sustenta a sobrevivência, manutenção e evolução da organização.

Muito se tem a caminhar…

Contatos: (27) 3222-4524 / 3223-8745 / 99969-4524
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Mário Freire

Doutorando em Ciência da Informação, Mestre em Desenvolvimento Humano, especialista em Psicodrama, Coach, Arteterapeuta e Diretor da Pegasus. Atua com consultoria, treinamentos e processos de transformação organizacional no Brasil e no exterior.

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